No dia 6 de dezembro, o “Seminário de Macau e o Intercâmbio Sino-Luso-Brasileiro”, organizado pelo Centro de Estudos dos Países de Língua Portuguesa da UIBE, Instituto Brasileiro de Estudos da China e Ásia-Pacífico e Instituto Internacional de Macau, foi realizado na capital chinesa.

O evento, que conta já com oito edições bem-sucedidas, visa discutir o papel de Macau para a cooperação económica, comercial e académica entre a China e os países de língua portuguesa, assim como perspetivar o elo dessa mesma cooperação entre o trinómio China-Portugal-Brasil. O seminário, entre a comparência dos vários ilustres conferencistas, contou ainda com a presença de Jorge Torres-Pereira, embaixador de Portugal na China.

O embaixador congratulou-se com os esforços que têm vindo a ser desenvolvidos para o fortalecimento, não só da relação bilateral luso-chinesa, mas também dos frutos que têm sido obtidos no âmbito do contributo português para uma progressiva, e cada vez mais assinalável, aproximação da lusofonia com a China. Este é, aliás, como o próprio referiu, uma manifestação dos consensos gerados no Fórum de Macau entre todas as partes.

Para o efeito, o embaixador luso destacou as diligências que têm vindo a ser consumadas, referindo o exemplo do contacto próximo com os restantes embaixadores da lusofonia e com entidades de Macau, no sentido de, em 5 de maio do próximo ano, data que assinala o Dia da Língua Portuguesa e dos Países da CPLP, levar até Beijing as comemorações em torno da ocasião.

Os Prémios Tomás Pereira, os galardões oferecidos pela embaixada portuguesa aos melhores estudantes chineses da língua de Camões, deverão verificar a curto prazo o seu escopro de universidades associadas à iniciativa — que oferecem cursos de língua portuguesa aos vencedores — alargado ao Brasil e à Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique.

“Macau representava algo muito especial. Ela era o símbolo de uma interceção, de uma ligação entre dois conjuntos significativos”.

José Lobo do Amaral, presidente adjunto do Instituto Internacional de Macau, frisou a importância do Fórum de Macau, salientando que a união dos povos neste envolvidos perfaz 21% da população mundial. O Fórum, que nasceu com uma vocação ligada à área comercial, 10 anos depois dá o pulo de consolidação “para a área cultural, da formação de quadros e sobretudo para o incentivo à língua portuguesa”.

 

Fonte: Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de língua portuguesa do Governo da RAEM