Decorreu, entre os dias 13 e 15 de Março, na Universidade de Aveiro - UA em Portugal, o II Congresso Internacional “Diálogos Interculturais Portugal-China”. O objectivo desta iniciativa consistiu em oferecer debates e temas ligados ao inter-relacionamento histórico, cultural, linguístico, artístico e comercial de Portugal desde o início da sua expansão marítima, mas também em relação ao futuro onde se relevam estratégias nacionais ligadas a “Uma Faixa, uma Rota” e ao recém-anunciado projecto da “Grande Baía”, uma área no Delta do Rio das Pérolas que engloba o desenvolvimento coordenado de onze regiões e cidades da Província de Guangdong, entre as quais Macau.

Promovido pelo Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro, apoio institucional do Instituto Internacional de Macau (IIM) e patrocínio da Fundação Macau, o programa do Congresso ofereceu um conjunto de eventos, entre debates, conferências, workshops e exposições, sobre as relações multiculturais e sobre a cooperação entre Portugal e a China, num ano que assinala os 70 anos da proclamação da República Popular da China, os 40 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países e também os 20 anos do estabelecimento da Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China.

O evento contou na abertura com comunicações do embaixador da China em Portugal, Cai Run, o reitor da Universidade de Aveiro, Paulo Jorge Ferreira, do Ministério de Educação, de Jorge Rangel, presidente do IIM e dos dois directores do Instituto Confúcio daquela Universidade.

Do lado de Macau, interveram a Prof. Fernanda Ilhéu (ISEG/Univ.Lisboa), José Sales Marques (IEEM), nomes conhecidos de Macau, como o da Beatriz Basto da Silva, Paulo Duarte, Carlos Botão Alves, Carlos André, Álvaro da Rosa, Maria José Freitas e António de Abreu Freire que apresentaram comunicações da sua especialidade. Nas sessões que se realizaram em simultâneo nos outros dias do congresso, destaca-se o número significativo de académicos provenientes de instituições terciárias da China e a presença da prof. Rika Naito, da Universidade japonesa de Sofia, que traduziu para a língua japonesa obra de quatro autores macaenses: Henrique de Senna Fernandes, Deolinda da Conceição, Luís Gonzaga Gomes e José “Adé” dos Santos Ferreira, e de outros livros sobre línguas e gramática portuguesa.

Entre várias exposições abertas ao público, estiveram patentes as fisionomias, de traços inconfundíveis, de luso-descendentes de Macau, mostra de uma exposição de João Palla Martins, que decorreu na Sala da Biblioteca da Universidade de Aveiro. Integrada neste II Congresso Internacional, a exposição foi organizada pelo IIM, com o apoio da Fundação Macau, e apresenta cinquenta fotografias de um acervo de mais de 500 imagens seleccionadas pelo autor que as captou, durante 10 anos, em diferentes locais por onde os portugueses passaram, desde o Myanmar ao Japão, e da Indonésia à Índia.

O IIM vai oportunamente expor as imagens desta exposição em Lisboa e Macau, em local e data a anunciar.

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