Luís Filipe Barreto 
Presidente do Centro Científico e Cultural de Macau, I.P. 

 

 

I. O Centro Científico e Cultural de Macau é um instituto público do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, acerca de matérias asiática e eurasiática. É um Centro de Ciências Sociais e Humanidades com especializada investigação e cooperação, publicação, formação e divulgação. Possui para públicos específicos um singular Museu histórico-cultural sobre a emergência de Macau e acerca de arte e cultura chinesas bem como uma única e especializada Biblioteca de investigação acerca de China, Ásia Oriental, Macau e relações Eurasiáticas.

 

Criado em 1999, viveu sob três presidências: Engª. Alexandra Costa Gomes, 1999/2002; Vice-Almirante Luis Mota e Silva, 2003/inícios de 2006; a partir de maio de 2006, Professor Doutor Luis Filipe Barreto. Uma vida com bem diferentes ciclos desde a criação e potenciação até à afirmação.

 

II. O Centro Científico e Cultural de Macau é um centro de investigação em cooperação que articula Investigadores, Centros e Universidades da Europa, da Ásia e da América em torno de projetos comparados e integrados de história, sociologia, antropologia, geografia, economia acerca da Ásia, do Indico ao Pacífico e das relações eurasiáticas do passado ao presente.

 

A partir de 2006-2007 esta rede de investigação, inter e multidisciplinar, nas áreas das Ciências Sociais e Humanidades foi crescendo contando hoje com mais de 150 investigadores associados em conexão com Portugal/CCCM articulando Universidades estrangeiras como Harvard, Munique, Lovaina, Beijing, Tóquio, Seoul, Paris/EHESS, Roma “La Sapienza”, Hong Kong, Berkeley, Pennsylvania, Texas, Temple, Brown, Boston, Nápoles “Orientale”, Barcelona, Pádua, Chieti, Viterbo, Sevilha, Barcelona, U. Nacional Australiana – Sidney, Cantão, Macau, Instituto Politécnico de Macau, etc., e centros estrangeiros como o CNRS, Instituto de História Nacional de Taiwan, Academias das Ciências Naturais e das Ciências Sociais de Beijing, Instituto Max Planck, Centro de História das Ciências China-Portugal em Beijing, Instituto de Sociologia e Centro de Estudos de Psicologia Social da Universidade de Beijing, Instituto de Arte da Sotheby’s, Museu de História da Ciência de Nagasáqui, etc.

 

III. Esta rede de investigação em cooperação, às escalas nacional e internacional, manifesta-se de forma mais visível nos laboratórios vivos de investigação, diálogo e controvérsia que são os Colóquios. Nos últimos 10 anos o CCCM levou a cabo 15 colóquios em Portugal, Macau, Beijing com problemáticas que vão desde Macau à Globalização, da Tradução e Interpretação às cidades portuárias asiáticas ou ao património chinês em Portugal, Europa, Brasil.

 

Nestes 10 últimos anos o CCCM, a propósito de Macau, China, Ásia Oriental, relações eurasiáticas, conseguiu congregar mais de uma centena e meia de investigadores de Portugal, Espanha, França, Itália, Bélgica, Inglaterra, Alemanha, Croácia, Roménia, Grécia, Estados Unidos, México, Brasil, China, Hong Kong, Macau, Taiwan, Coreia, Japão.

 

IV. Toda esta investigação nacional e internacional levou à produção pelo CCCM, nestes últimos dez anos, de 55 publicações de investigação específica, atualizada e de padrão internacional em línguas portuguesa, inglesa, chinesa, alemã, espanhola, italiana. Estudos de caso sobre Macau e China, atas de Colóquios Internacionais e Nacionais, Fontes (acerca de Macau, Ásia e das relações interculturais Portugal-China), manuais (desde os didáticos de Língua e Cultura Chinesa até aos universitários internacionais acerca da Deusa Mazu-Ama), catálogos especializados sobre arte e património chineses, etc., formam, possivelmente, um dos legados mais duradouros deste Instituto Público.

 

V. A formação, sobretudo a de Ensino Superior de padrão internacional, é outra das missões estratégicas do CCCM. Desde 2006-2007 funciona como acelerador e potenciador académicos nos domínios de China, Macau, Estudos Asiáticos contribuindo para a institucionalização destas problemáticas e para a multiplicação de licenciaturas, mestrados e doutoramentos nestes domínios.

 

A divulgação, a missão de criar uma base social mais alargada de interesse e de procura de conhecimento e de informação credibilizada acerca de Macau, Ásia, relações Eurasiáticas fez com que o CCCM, nestes últimos dez anos, criasse quatro exposições de referência (assentes em investigação de equipes nacionais e internacionais) acompanhadas de especializados catálogos em línguas portuguesa, inglesa, chinesa. Originou também uma carteira de quatro exposições itinerantes, 19 exposições conjuntas em cooperação com múltiplas instituições chinesas via Embaixada da República Popular da China em Portugal e uma exposição em coorganização com o Instituto Cultural da RAEM/Macau agendada para outubro de 2016. Fez com que levasse a cabo dezenas de cursos livres e de conferências.

Entre 2006 e 2016, 15 colóquios, 56 publicações científicas (e mais 37 culturais), 28 exposições, mais de meia centena de cursos, cadeiras, seminários de formação avançada são números que revelam a Missão deste Instituto Público do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal

 

VI. A cooperação alargada com o mais diverso tipo de instituições nacionais e internacionais é uma das imagens de marca do CCCM a partir de 2006. Embaixadas em Portugal como as da República Popular da China, Japão, República da Coreia, Índia, Filipinas, México, Peru, Itália, etc., tornaram-se estratégicas para o CCCM. Não menos fundamental é a cooperação com centros como o centro de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, o Centro de História da Universidade de Lisboa, o CHAM da Universidade Nova de Lisboa, a Federação Chinesa de Círculos Literários e Artísticos e Institutos como o Instituto Cultural da RAEM/Macau da República Popular da China os Institutos Politécnicos de Lisboa e Macau o Instituto Internacional de Macau bem como Fundações como a nacional Fundação Jorge Álvares e a Fundação Macau da RAEM/Macau da República Popular da China. O CCCM é investigação, publicação, formação, divulgação em cooperação graças a todas estas parcerias.

Algumas das mais recentes publicações do CCCM.


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